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domingo, 2 de maio de 2010

Vamos Salvar Sortelha



http://vamossalvarsortelha.blogspot.com


Vamos Salvar Sortelha
é um movimento criado por habitantes de Sortelha que tenta impedir a construção de 17 eólicas a cerca de 500 metros da aldeia Património Nacional. De acordo com este movimento, a construção deste parque eólica "choca e destrói" o centro histórico da aldeia.
Este movimento criou uma petição online, que já conta com perto de 700 assinaturas entre elas diversas individualidades do panorama nacional e apoios do estrangeiro. Reportagens da SIC e da TVI já deram também notícia deste movimento.
Sortelha tem um terço do número de habitantes de Almeida, no entanto, alcançou um dinamismo na luta da preservação do património cultural, histórico e arquitectónico que Almeida não consegue ter. Porquê? Todas as pessoas concordam que a construção da rotunda 25 de Abril não vai chocar e destruir uma parte do centro histórico de Almeida? Acham que tudo tem sido feito para preservar de forma adequada o centro histórico da nossa vila? Será que realmente alguém se interessa ou preocupa com o património de Almeida ou é coisa do passado?

8 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns autores do Almeida Jovem ao colocarem à discussão um tema que a todos deveria interessar…mas…não interessa. Na verdade é de lastimar quanto os almeidenses se estão nas tintas para Almeida, para o seu património histórico. Estou até convencido que se espetassem com as eólicas no alto do castelo, não se haviam de importar, achando até que era um acção de cultura, moderna e de progresso económico. E então, se fosse apadrinhado por um doutor arquitecto e um seguidista executivo autárquico camarário, então é que não havia discussão, de certeza.
A construção do monumento arrotundado ao 25 de Abril é tanto ou mais lesivo para o património histórico e ambiental que as eólicas em Sortelha, mas veja-se se alguém se interessa, se se opõe ou opina contra as decisões da CMA? Não, pois lá iam os empregos, os subsídios, as festanças e comezainas, e o que interessa e só é que a nossa vidinha nos corra… É assim, ou não é?!
Voyeur

Lapa disse...

Apoiado! Bem hajam.

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

"Ventoínhas" ainda que de uma energia dita alternativa, e não poluente ao redor de uma Aldeia Histórica?. Só tal cabe na cabeça, dos que a qualquer preço, querem "mostrar obra".
E como vamos de divulgação de Sortelha, e outras Aldeias Históricas sitas no Distrito da Guarda, que tanta e diversa riqueza e que está ainda por começar a ser divulgada?.
Cultura, é e será sempre conhecimento e não economicismo; penso eu.

soldado raso disse...

Sr. Baptista Fortes,

Já se deu conta que o argumento de “mostrar obra” que só cabe na cabeça de alguns a qualquer preço também se aplica a Almeida?
Que diferença estabelece entre umas “Ventoinhas” na paisagem que se avista de Sortelha, a merecer-lhe crítica, e um cravo banhando um monte de pedras numa rotunda mesmo nas barbas da Praça-forte de Almeida, sobre a qual prefere o silêncio? Será isso um acto de cultura e conhecimento?
Será para assinalar a imensa e diversa riqueza dos sacrificados lutadores pela liberdade que sempre existiram em Almeida bem patente ainda nas últimas eleições? Ou antes para marcar a sujeição resignada de uma população que detesta o monumento, mas não tem coragem de protestar às claras - e ainda por cima o vai ter de pagar - só para cumprir o capricho arrogante de alguns?

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

"6 de Maio de 2010 06:21 soldado raso disse...".
Caro Senhor, tendo poucos conhecimentos na área de humanidades, apesar disso, penso que menos agressivo para a paisagem é um "...cravo banhando um monte de pedras...", do que uma série de "ventoínhas" à roda de uma Aldeia Histórica.
"...não tem coragem de protestar às claras..." a actual Constituição da República portuguesa, permite, por exemplo, que nas Assembleias Municipais, e até nas Assembleias de Freguesia, as pessoas tenham "...coragem de protestar às claras..."; assim o queiram, e não se refugiem em "pseudo razões".

Maria Clarinda Moreira disse...

Senhor Forte,

Apesar dos fracos conhecimentos que declara na área das Humanidades, se me permite, neste caso pouco relevantes já que se trata mais de uma questão de bom-senso que aqui é posta à reflexão, sabemos que gosta de acompanhar à distância o que se passa em Almeida, e creio não estar enganada ao afirmar que já li em tempos uma certa estupefacção sua ao constatar que o monte de pedras se tratava de um monumento para colocar às Portas de S. Francisco…
Mas tratando-se de um monumento ao 25 de Abril terá, porventura, revisto a sua posição, o que é compreensível. Não tão compreensível no seu discurso é que considere “menos agressivo para a paisagem um "...cravo banhando um monte de pedras...", do que uma série de "ventoínhas" à roda de uma Aldeia Histórica”… enfim, opinião particular a respeitar, diga-se, não partilhada por muitos, embora nem uns (defensores do monumento a qualquer preço) nem outros, totalmente críticos, pareçam dispostos a admiti-lo abertamente, como se vê pelo silêncio neste blogue, apesar da importância que Almeida tem como Vila Histórica.
Sabemos bem, contudo, que em tempos de maior força anímica, os protestos a este propósito choveram no Fórum Almeida, irritando os autores do projecto que ameaçaram o jornal Praça Alta por ter publicado uma planta, alegadamente de forma abusiva, provando a força que obtinham da tutela com formas de intimidação, entretanto metidas sob o tapete pelo desaparecimento da vista das polémicas pedras, num tácito esquecimento que convinha à aproximação de eleições autárquicas.

Quanto à questão que evoca das Assembleias Municipais, como sabe, esse assunto já foi lá sobejamente discutido, tendo até o Presidente da CMA, talvez para tentar diminuir a lembrança dessa memória, sorrido ao declarar que “agora anda tudo mais calmo”… Ele lá saberá a razão para esse sorriso, bem como os fundamentos para que agora “ande tudo mais calmo”… mas posso assegurar-lhe que a discussão foi bem acesa na Assembleia Municipal, onde quem quis não deixou de ter “coragem de protestar às claras..." nem vi ninguém a refugiar-se nas “pseudo-razões” que refere.

Poderá ler as actas, bem como o resumo das sessões a esse propósito, também publicado, se tiver dúvidas. Não pode é, com esse tipo de comentário, desviar a atenção para a Assembleia Municipal, dando uma leitura errada dos factos, sabendo-se perfeitamente que, por muito que se proteste, a esmagadora presença dos membros totalmente obedientes, além dos reféns da situação, bastará sempre para arrumar com qualquer contestação na altura da votação. Talvez seja essa a razão do sorriso confiante. Mas, de acordo com esse sorriso, os almeidenses poderão um dia corar de vergonha por terem deixado fazer tanto disparate à sua vila histórica de que tanto apregoam orgulhar-se, mas não defendem.
(Segue adiante)

Maria Clarinda Moreira disse...

(Continuação de comentário)

Se essa rotunda de pedras empilhadas se vier a construir naquele preciso local defronte às Portas, se os almeidenses continuarem a permitir que a sua autarquia endivide para se engalanar desta forma, ostentatória e dispendiosa, se deixarem destacar um momento histórico recente no qual não tiveram qualquer desempenho para ofuscar a magnificiência da entrada na sua Fortaleza pelo qual os seus antepassados tanto tiveram de sofrer, se até um simples memorial de luta pela liberdade permitem que lhes seja imposto, se velhos ou jovens não quiserem saber do limite da dignidade humana e social que obriga a defender princípios e convicções contra demagogias políticas, arquitontices, servilismos e prepotências, venham de onde vierem… terão conquistado o direito de eles próprios ali ficarem representados como a manutenção da tremenda e peganhenta hipocrisia, que vai ao ponto de inaugurar um monumento à liberdade com palavras de uma grande poetisa portuguesa, ironicamente disfarçadas de flor e alindadas por repuxos de encher o olho, que afinal não passa de um símbolo à condição de dependência e sujeição absoluta dos mais fortes que, com total descaramento, esmagam os mais fracos - e dos fracos que se deixam esmagar por eles, tal como em qualquer país ou região subdesenvolvidos, sempre debaixo da mesa do seu senhor: tanto faz se à espera de migalhas como de algum pontapé!

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Drª. Clarinda,
"...gosta de acompanhar à distância o que se passa em Almeida..."; continuarei a fazê-lo com muita ALMA e gosto, e quiçá um dia o faça de mais perto. Ainda falta algum tempo, mas vontade existe.
"..."...cravo banhando um monte de pedras...", do que uma série de "ventoínhas"; é e será, efectivamente a minha opinião. Admito que outros pensem diferente e se batam pela razão que julgam assistir-lhes.
"...jornal Praça Alta por ter publicado uma planta..."; se o referido Jornal estava devidamente autorizado a fazê-lo, o que penso que sim, acho que o mesmo desempenhou bem o seu (dele) papel.
Actas da Assembleia Municipal, leio-as todas e com muita atenção logo que as mesmas estão disponíveis no sitio da Cãmara Municipal de Almeida, e anteriormente lia os resumos que a Senhora fazia, e punha no Almeida Fórum. Até diga-se será uma responsabilidade da qual não me devo distanciar, pelos motivos que muito bem deve saber.
"...por terem deixado fazer tanto disparate à sua vila histórica..."; infelizmente acredito que sim, que um dia os Eleitos Almeidenses e que por ora têm assento nos respectivos Órgãos Autárquicos, e a População em geral, se arrependam de alguma passividade. Já vi alguns.
Os meus respeitosos cumprimentos.

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