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sábado, 26 de dezembro de 2009

Ai o sal...

Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhe dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal.

Pde António Vieira (Sermão de Sto António aos Peixes)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

Este ano, como sempre, portei-me o suficiente para receber uma boa prenda. Não torturei ninguém, não maltratei ninguém, não impus a minha vontade e não calquei quem tentou passar à frente...
Este ano Pai Natal, soube respeitar as diferenças, soube compreender que nem todos pensamos igual e todos temos direito à palavra...
Este ano, aprendi que a nossa liberdade termina quando começa a do próximo. E sabes?! Não tentei alargar a minha liberdade calcando todos os outros.
Este ano percebi que democracia é a forma de poder que tem por base o povo... O Povo!!! Quem diria...
Foi um bom ano, mas acho que ainda consigo fazer melhor... Acho que posso ainda tentar usar os dois ouvidos para estar atento às queixas e às criticas que me fazem... Afinal, bons amigos não são os que estão sempre de acordo, mas os que são fieis a si mesmo e nos falam sempre a verdade, mesmo quando dói... Já a minha mãe dizia que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca para ouvir mais e falar menos...

O que queria de prenda Pai Natal, é simples: queria uma caixa de sabedoria, paz, força, justiça, humildade, transparência e discernimento...
Ah! E já agora queria também uma boa memória!!!

P.S.: Não te esqueças de Almeida!!! Um bom Natal para todos em Almeida e para ti, Pai Natal, um bom trabalho!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Filosofia da Liberdade...

E se todos o praticassem?!... Como seria?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Para recordar!


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM

de 10 de Dezembro de 1948


Artigo 18.º
(Liberdade de pensamento, consciência e religião)

Toda a pessoa tem direito a liberdade de pensamento, de consciência, e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião e/ou convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Artigo 19.º
(Liberdade de expressão e de informação)

Todo o indivíduo tem direito a liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.


Artigo 21.º
(Participação na vida pública)

Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios públicos do seu país, quer directamente quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.

Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, as funções públicas do seu país.

A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.


Será que ainda se lembram disto?

domingo, 6 de setembro de 2009

Pedra-Estrela


Estrela brilha
caminho, trilha
dum caminho
que não brilha,
só trilha
só pedra
só caminho.

O caminho brilha
estrela vil que
estrala, pobre caminho
sem poeira
nem beira ou denominação.

Pedra-estrela
desde outras eras
que não era
tão ser desmedido,
buscando sua constelação,
sua nação,
sua noção.
Estrela que é nuvem e pó
que vem, tão só
feito pedra de construir
de destruir, desmontar.

Embriagada estrela,
cambaleando pedra
entre mil baladas e botinas,
amor tão velho de sentir-se jovem,
amigo bom que encontro
assim, estrela sem guio
nem estio,
estrela que ensina
esta sina, o destino
o caminho onde o eu-pedra
deve retornar.

(